Ensebado no escuro, estou. Numa rua sem saída sem constar no mapa da cidade. Sem ter certeza de que a cidade consta em algum mapa. Me interessa o de menos se está dentro de algum país. Ali estou eu. Respiro em silêncio. Consegui exterminar quase toda uma manada de cupins. Atento. Respiro em silêncio, por se acaso o resto da manada, fugida com o rabo entre os cotocos, voltasse. Já me tinham comido uma parte, pequena, mas era uma parte e gosto de todas. Preciso de todas é a verdade. E me aberto buracos consideráveis, por sorte, ao lado, nas primeiras e algumas outras impressões. Ainda estou compreensível, única tranquilidade sentindo meu corpo. O destino que almejo era sair daqui. Mas meu destino fora viver a aventura de ser mudo. Porém, falando à minha maneira. Ainda que aconchegasse dentro de mim esse destino. Também feito por mim e, contudo, lhe dei guarida segura. Minha obrigacão. Cumprida a risca porquanto fora manuseado antes de ser esquecido. Largado, mais claro, clareza era uma de minhas qualidades do princípio ao fim. Solidão nunca me assustou. Sempre esta certeza me vem, me dizia pelos espaços. Soube ao ficar pronto: a vocação de ser solitário. Mesmo se lado a lado de outros. Até que só vi unhas quando me tiraram de lugar, de onde já houvera saído e voltado. Todas as vezes solícito. Cada vez voltando mais marcado por dentro. Agora, esquecido. Largado, mais claro, desculpe repetir, na clareza da minha respiração. Por onde andariam os outros? Apenas curiosidade, soubesse não adiantaria absolutamente nada, absolutamente nada. Ou porque nem fora levado junto. Outro absoluto. Como tem absoluto perdido por aí, guardei para mim essas palavras. Outro mais novo em melhores condições, penso. Mirar, olhar o outro. Aprendi saber. Saber como chegar nele. Não idealizar. Saber se é confiável. O outro me obriga de tal maneira com sua mirada passando olhos e mãos pelo meu corpo. Mirada, mostra os arrependimentos da consciência presentes. É característica fundamental de ser humano. No saber de sua incondicional aceitação, ou condição? não sei, estou pensando nisso agora, nem está aqui dentro. Me olharam bastante, pensava que definitivamente não é possível, aquele tal ledo engano, defiitivamente é o possível, aprendi na raça que é a raiz da experiência de viver sem eles. Mas ainda lembro de suas unhas ao me pegarem. Não me queixo. Justamente dentro de mim protejo pensamentos honestos de que queixar-se nunca adiantou coisa alguma. Num sebo escuro. Mais ou menos limpo ou sujo, como todo sebo. Sou esse livro.
h a i k a i d a p e r f e i ç ã o
Começa a partida
Três Corações no tapete verde
Ele é a bola